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Obra converte antigo terraço em um espaço acolhedor para receber

O resultado trouxe verde, luz e muita beleza para este sobrado

Por Texto: Renato Bianchi | Reportagem Visual: Deborah Apsan
Atualizado em 9 set 2021, 13h02 - Publicado em 2 Maio 2017, 15h00

Com 280 metros quadrados, o sobrado no entorno do Parque Ibirapuera, em São Paulo, estava em condições precárias. Mesmo assim, aquele pátio no andar superior se encaixava à perfeição nos planos da arquiteta Juliana Fabrizzi.

“A ideia era que essa área aberta dialogasse com os ambientes de dentro e oferecesse uma experiência agradável aos convidados, além de levar luminosidade natural e ventilação ao interior, graças aos novos fechamentos de vidro”, explica Juliana. 

“O novo pátio é o respiro da construção. Ele dá boas-vindas, distribui os ambientes e leva luz aos interiores”, Juliana Fabrizzi, arquiteta

Um empecilho, no entanto, se colocou: a construção dos anos 60 não dispunha de laje entre os dois pisos, o que pediu um vigamento de madeira para sustentar essa nova base de concreto, reforçada no trecho avarandado. Para criar um acesso independente do térreo, uma escada também de concreto foi erguida na frente da edificação. Dessa forma, a entrada oficial se dá agora pelo próprio pátio, transformado em um agradável elemento de ligação entre os pavimentos.

 

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AS BOAS SOLUÇÕES DESTA REFORMA

 

Foto: André Scarpa

1. Para camuflar o telhado, a platibanda de placa cimentíca (Eterplac Stone, da Eternit) foi chumbada em uma estrutura metálica fixada na laje sob as telhas. “Como é neutro, esse painel não pesa no visual”, explica Juliana Frabrizzi. A ideia é que, com o tempo, a trepadeira cubra toda a superfície. Custo dessa intervenção (materiais e mão de obra): R$ 3 mil.

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2. Já existente na edificação, a claraboia ganhou novo caixilho de alumínio para emoldurar o vidro duplo temperado de 6 milímetros com função acústica e térmica (Vidraçaria Bela Arte). Além de propiciar luz natural ao térreo, ela é utilizada no pátio como mesinha, apoiando bandejas quando há reuniões e visitas. Materiais mais execução: R$ 1 500.

3. Adequados para a exposição ao tempo, os dois pufes de concreto aparente sem acabamento atuam como apoio adicional, mas também são usados como assento, compondo a cena para os encontros ao ar livre com o banco de alvenaria. Da NeoRex, medem 40 x 60 centímetros e pesam 135 quilos. Estão à venda por R$ 170 cada um.

4. A fim de esconder as máquinas de ar condicionado, o painel de elementos vazados (linha Quadrados, da NeoRex) pintado de branco valoriza as plantas ao redor. “Ele fica solto a 20 centímetros do chão graças a sua moldura de concreto, base que foi engastada no banco ao lado”, esclarece Juliana. Cada placa vale R$ 26. Preço final com serviço: R$ 2 750.

5. Para manter a proposta descontraída, o piso eleito foi o cimento queimado, monolítico. Repetido nos ambientes internos, esse revestimento acentua a sensação de unidade estética e a integração. Feito durante a obra com uma desempenadeira, custou no total R$ 1 700 (R$ 60 por m²).

6. Os dois volumes que apareciam à frente do terraço, antes da reforma, roubavam 3 metros quadrados da varanda. Demolidos, liberaram a circulação e ampliaram o espaço. No lugar de um deles, instalou-se o piso de grade de aço de 1,30 x 2 metros (padrão GF, da Multifuros), o qual leva ventilação ao térreo. Com demolição incluída, o conjunto saiu por R$ 1 700.

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