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Antes e depois: hall reformado camufla as portas dos ambientes

O espaço foi coberto de madeira nas paredes e no teto, tornando as quatro portas do local “invisíveis”

Por Renato Bianchi
Atualizado em 27 fev 2024, 10h40 - Publicado em 4 dez 2017, 19h01

O casal sem filhos radicado nos Estados Unidos queria ter uma base em São Paulo para as visitas ao Brasil. Apaixonou-se por um apartamento de 160 metros quadrados com boa configuração interna, ambientes amplos e localização favorável na Zona Sul da capital.

Antes: parcialmente integrado com a sala de estar e a de jantar, o hall comprido e fechado até a metade exigia uma repaginação estética e funcional se a ideia era atualizar o imóvel da década de 70. (Divulgação/Arquivo pessoal)

O desafio do projeto encampado pelo escritório TRIA Arquitetura a fim de adequar o imóvel às demandas dos novos proprietários começou por atualizar o espaço sem abrir mão de elementos originais marcantes – caso do piso de tacos e do pé-direito generoso.

“Além de fazer pequenas modificações na planta, substituímos os revestimentos cerâmicos por modelos mais contemporâneos que emprestaram um ar atemporal ao lugar”, resume a arquiteta Marina Cardoso de Almeida, responsável pela empreitada ao lado da sócia Sarah Bonanno.

Entre as intervenções mais criativas, destaca-se o grande painel de madeira ripada que forra o hall do apartamento formando  uma espécie de túnel com quatro portas agora “invisíveis”: de acesso à entrada, à cozinha, ao lavabo e ao corredor.

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Confira a seguir os detalhes dessa transformação.

(Divulgação/Maíra Acayaba)

1. Revestimento: cartão de visitas, o hall de entrada com 1,60 x 4,60 m teve as paredes e o forro recobertos por um painel de MDF revestido com folha de cumaru e acabamento de verniz PU fosco. As ripas da mesma madeira foram fixadas sobre essa base e medem 1,5 cm de espessura, 2 cm de largura e têm espaçamento de 0,5 cm entre elas. Aplicada também nas portas, a solução oculta as entradas dos outros cômodos. Marcenaria: Pratikline. R$ 43 000.

2. Iluminação: perfis de alumínio com fitas de led foram eleitos para clarear o espaço sem interferir no desenho das ripas nem chamar mais atenção do que o próprio revestimento de madeira. “A ideia era trabalhar os dois elementos como um conjunto”, explica Marina, que desenhou com os fios luminosos em divisórias e teto. Para tanto, foram empregados os modelos Led Lines Perfil U Simples e Perfil Difusor Baixo, ambos da Lumini. R$ 4 500.

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3. Remoção da parede: a fim de aumentar a incidência de luz natural no hall, veio abaixo a divisória que o separava dos ambientes sociais. Nesse processo, descobriram-se dois pilares e uma viga que formavam uma espécie de pórtico no local. As arquitetas optaram por mantê-los no concreto aparente e para isso trataram de remover o reboco, lixar e aplicar verniz incolor na superfície. R$ 1 500.

4. Piso:mármore original saiu de cena para dar lugar a um revestimento monolítico (sem emendas) do tipo cimento queimado: trata-se do Mr. Cryl na cor cinza, com acabamento Ultra PU fosco, da Protécnica. Discreto, o padrão escolhido  cumpre direitinho a missão: serve como uma base neutra diante da qual se destaca a madeira em tonalidade quente, levemente alaranjada, do painel. R$ 2 600.

Para que as portas ficassem imperceptíveis (esta leva ao lavabo), as arquitetas lançaram mão de modelos pivotantes com molas instaladas no alinhamento do painel e coincidindo com as frestas entre as ripas – a proposta era que nenhuma ferragem sobressaísse. Em vez de maçanetas, o abre e fecha se dá por meio de cavas (orifícios) abertas nas portas. Execução também da Pratikline. R$ 12 000. (Divulgação/Maíra Acayaba)
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