Continua após publicidade

3 perguntas para o arquiteto Guilherme Torres

Nesta entrevista, o profissional conta como é a atuação de seu studio em São Paulo

Por Marília Medrado
Atualizado em 9 set 2021, 12h48 - Publicado em 21 jun 2017, 17h42

À frente do escritório que leva seu nome, o arquiteto Guilherme Torres, nascido em Londrina, PR, expande fronteiras – foi o único latino-americano a aparecer entre os 100 designers de interiores mais influentes do mundo.

Na entrevista a seguir, ele conta como é a atuação de seu escritório em São Paulo, comandado ao lado dos sócios Rafael Miliari, Debora Atsuko e Enrico Beer Boimond. Confira aqui alguns de seus projetos.

Como você pensa o morar?
Adoro usar os materiais que mais nos colocam em contato com o elementar: pedra, tijolo e concreto. A volumetria é uma forma de levá-los ao limite. Essa é a beleza da arquitetura brasileira contemporânea.

PA House, Curitiba, 2016: Espaços amplos cercados de verde marcam esta residência de 600 m². Na primeira visita ao local, o arquiteto definiu o layout da premiada construção, cujas camadas são reveladas conforme a arquitetura se desdobra. “São dois volumes perpendiculares de concreto, vidro e aço no meio de uma reserva natural”, define Guilherme. (MCA Estúdio/MCA Estúdio)

Qual é o seu modo de trabalhar?
Não projeto de forma tradicional, mas num processo multidisciplinar com vários arquitetos e softwares operados simultaneamente. A volumetria vem antes da organização espacial, já que a compreendo de forma muito ordenada. Espero aposentar as plantas em breve.

Continua após a publicidade
AU House, São Paulo, 2015: A base neutra deste apartamento de 248 m² serviu de trampolim para as cores virem à tona nos móveis. Além das vigas desnudadas na obra, a parede de policarbonato é outro elemento-surpresa – foi criada para preservar o hall e parte da sala de estar sem no entanto bloquear a claridade nesses espaços. (MCA Estúdio/MCA Estúdio)

O que há sempre em uma obra do escritório?
Luz! Artificial e natural. A arquitetura só se revela através do jogo de luz e sombras e da integração entre interior e exterior. Não utilizamos o conceito de varanda porque acreditamos que a morada brasileira deva ser uma casa-jardim.

AN House, Maringá, PR , 2013: As altas temperaturas da região justificaram a solução que privilegia grandes aberturas, ventilação cruzada e uso pontual de brises de madeira. Na planta em U da morada de 1 006 m², os blocos sociais e íntimos se voltam para a área de lazer. Nos muros, pedras e plantas tropicais resguardam a privacidade dos moradores. (MCA Estúdio/MCA Estúdio)
Publicidade