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Construir com madeira pode ser vantajoso

Bem escolhida, essa matéria-prima pode tornar a obra mais ágil, econômica e sustentável.

Por Vera Kovacs
Atualizado em 26 fev 2024, 10h22 - Publicado em 24 abr 2017, 18h04

Para além do uso em telhados, decks e pergolados, entre outros, a madeira serve também como sistema construtivo. “As opções são muitas. O Japão, com suas estruturas levíssimas presentes em palácios milenares, é referência de como um bom desenho faz toda a diferença”, pondera o arquiteto Marcelo Aflalo, um estudioso apaixonado pelo tema.

Assoalho e forro são de garapeira, assegurando uma atmosfera quentinha nas noites de frio nesta casa em Florianópolis (SC). O projeto, capa da edição de março de A&C, é assinado pelo escritório Una Arquitetos. (Marco Antonio/Marco Antonio)

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Madeira é bacana!

Econômica: esse é um tipo de obra seca e, como tal, tem pouco desperdício e gera menos resíduos. Conforme a distância do fornecedor ao canteiro, o transporte pode ficar mais em conta, já que a madeira pesa até 70% menos que pré-moldados de concreto.

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Rapidez na montagem da estrutura: “o processo pode ser pré-fabricado, com peças prontas para instalar, o que reduz o prazo de obra em cinco vezes se comparado à alvenaria”, explica Alan Dias, engenheiro da Carpinteria.

Leveza: por pesar menos do que a alvenaria, propicia custo inferior das fundações. “Uma viga de madeira para um vão de 70 metros de comprimento vale ¾ de uma equivalente de concreto”, avalia Marcelo Aflalo.

O painel da fachada da Japan House, em São Paulo, feito com madeira hinoki. (Reprodução/Japan House)

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Conforto térmico e acústico: quando usada para dar forma a pisos e paredes. Segundo Aflalo, uma tábua de 2,5 centímetros de espessura tem melhor desempenho térmico do que uma parede de tijolos de 11,4 centímetros.

Sustentabilidade: esse material é o único a sequestrar carbono da atmosfera e só o devolve à natureza quando apodrece ou é queimado. Daí a vantagem de ser reutilizado. Cada m³ empregado como substituto de outras matérias-primas na construção pode poupar até 2 toneladas de CO ², segundo  o livro Cenário da Madeira no Brasil, editado pelo Conselho de Manejo Florestal (FSC ) em 2014.

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