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Arquitetura e Construção

Ladrilhos que são uma arte

Esta fábrica de revestimento cimentício ainda produz como antigamente – uma peça de cada vez

Por Reportagem visual de Carolina Diniz e texto de Tatiane Domiciano
Atualizado em 9 set 2021, 14h09 - Publicado em 23 dez 2015, 08h00
Ladrilhos que são uma arte
Ladrilar  (Foto: Evelyn Müller/)
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Quando aportou no Brasil vindo da pequena Lucca, na Itália, Federico Dalle Piagge trouxe na mala o que precisava para exercer aqui o ofício de ladrilheiro: muitos moldes de ferro com os mais elaborados desenhos. Tempos depois, em 1922, ele abriu sua primeira empresa e começou a produção com a exata técnica da terra natal. Foi nesse galpão que o bisneto Marcello Ruocco teve contato com o revestimento. “Cresci acompanhando a confecção dos modelos. Por isso, mesmo após encerrado o negócio, procuravam por mim em busca dos ladrilhos hidráulicos”, explica. Numa conversa com o primo Divo Picazio Júnior, a reabertura da fábrica foi firmada. O nome, Dalle Piagge, veio como homenagem ao bisavô.

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No tanque para a cura, o ladrilho permanece por 24 horas. Ele ainda seca por 15 dias antes de estar pronto.
1/11 No tanque para a cura, o ladrilho permanece por 24 horas. Ele ainda seca por 15 dias antes de estar pronto. (Foto: Evelyn Müller)
O trabalho começa com a montagem da fôrma no trilho e a distribuição da massa pelos vãos do molde.
2/11 O trabalho começa com a montagem da fôrma no trilho e a distribuição da massa pelos vãos do molde. (Foto: Evelyn Müller)
Em 1997, os primos Divo Picazio Júnior (à esq.) e Marcello Ruocco (à dir.) reativaram em sociedade a fábrica do bisavô.
3/11 Em 1997, os primos Divo Picazio Júnior (à esq.) e Marcello Ruocco (à dir.) reativaram em sociedade a fábrica do bisavô. (Foto: Evelyn Müller)
As fôrmas de ferro, algumas em uso há mais de cem anos, ficam expostas no galpão de mil m² na capital paulista.
4/11 As fôrmas de ferro, algumas em uso há mais de cem anos, ficam expostas no galpão de mil m² na capital paulista. (Foto: Evelyn Müller)
A marca trabalha com seis tamanhos e formatos diferentes.
5/11 A marca trabalha com seis tamanhos e formatos diferentes. (Foto: Evelyn Müller)
Federico Dalle Piagge trouxe na mala o que precisava para exercer aqui o ofício de ladrilheiro.
6/11 Federico Dalle Piagge trouxe na mala o que precisava para exercer aqui o ofício de ladrilheiro. (Foto: Evelyn Müller)
Há 37 tons para decorar as placas, lisas ou desenhadas.
7/11 Há 37 tons para decorar as placas, lisas ou desenhadas. (Foto: Evelyn Müller)
O pigmento se une ao cimento e ao pó de mármore, de quartzo e de pedra para compor a massa básica. O preço varia entre R$ 68 e R$ 380 o m².
8/11 O pigmento se une ao cimento e ao pó de mármore, de quartzo e de pedra para compor a massa básica. O preço varia entre R$ 68 e R$ 380 o m². (Foto: Evelyn Müller)
O galpão reúne seis estações de produção como esta, da prensa manual. Depois de passar por essa etapa, a placa repousa até ser colocada no tanque para a cura.
9/11 O galpão reúne seis estações de produção como esta, da prensa manual. Depois de passar por essa etapa, a placa repousa até ser colocada no tanque para a cura. (Foto: Evelyn Müller)
Feitas uma a uma, as peças costumam exibir oscilações de cor. “É aí que reside o charme do ladrilho: um nunca fica igual ao outro”, diz Marcello.
10/11 Feitas uma a uma, as peças costumam exibir oscilações de cor. “É aí que reside o charme do ladrilho: um nunca fica igual ao outro”, diz Marcello. (Foto: Evelyn Müller)
Tons em degradê ficam à vista dos clientes para auxiliar na escolha das peças.
11/11 Tons em degradê ficam à vista dos clientes para auxiliar na escolha das peças. (Foto: Evelyn Müller)
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