Como aproveitar o entulho da obra?
Empregado na construção, o descarte se traduz em economia
Além de ser a atividade campeã no consumo de recursos naturais, a construção civil responde por mais de 60% dos resíduos sólidos urbanos.
Diretamente proporcional é a importância da reciclagem desse entulho, eficaz para diminuir a extração de matéria-prima, reduzir a poluição causada pelos dejetos e capaz de baixar os custos de construção.
Nesta casa paulistana, arquitetura e sustentabilidade caminham juntas
Estudos nessa área indicam que, para cada metro quadrado de uma obra nova, geram-se em torno de 120 kg ou 100 litros de entulho com a seguinte composição:
Com base nessas informações, podemos estimar que uma construção de 300 m² gera 30 mil litros (ou 30 m³) de resíduos, dos quais 93% (argamassa e material cerâmico) são facilmente reaproveitáveis em muretas de jardim, enchimentos de base para pisos ou valas, aterro de vigas baldrame, lastro para calçadas e em serviços de drenagem.
Se triturado (com um moinho que pode ser alugado), o material também entra na composição da argamassa. Assim, reduz-se o consumo de cimento, cal e areia, revertido numa economia de 2 a 4% do valor total da empreitada.
Vale lembrar que o aproveitamento dos restos na própria obra também minimiza os gastos necessários à sua retirada do canteiro, além de contribuir para a limpeza da cidade e para não saturar os aterros.
Por Marcio Moraes, arquiteto
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