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Diário de viagem: arte e arquitetura pelas ruas da Colômbia

O diretor teatral Pedro Granato viajou para o país vizinho do Brasil e conta quais foram suas impressões sobre os espaços das cidades que visitou

Por Pedro Granato
Atualizado em 9 set 2021, 11h23 - Publicado em 26 mar 2018, 18h00

“Temos muito a aprender com nossa América Latina. Segundo pesquisa, a grande maioria dos brasileiros não se considera latino, mas, na Colômbia, você pode enxergar muitos traços que nos unem. A natureza é exuberante e há um clima tropical de confusão, afeto e efervescência. A música pulsante toca alto em bares e supermercados numa mescla de influências ibéricas, africanas e indígenas. Miscigenação que você vê nas ruas, assim como as marcas da violência desse passado. Atualmente, o país vive o processo de paz de uma guerra civil que chegou a tornar Medelim a cidade mais violenta do mundo. Esse universo de narcos e guerrilheiros marcou a imagem da Colômbia.

(Arquivo Pessoal/Divulgação)

 

Mas, hoje, é lindo ver o que eles têm feito para curar suas feridas. Os museus estão conectados com o momento político do país e arte e cultura são vistas como ferramentas de inclusão. Exposições sobre o processo de paz e muitas criações procuram digerir os traumas. Mas não é só isso: os museus exibem uma arquitetura inclusiva, espalhados por diferentes bairros. As obras públicas tentam abrir conexões e outras visões em cidades cheias de barreiras invisíveis. Vemos teleféricos, metrôs de superfície, bondes e corredores verdes. Está nas ruas e nos parques. A busca por identidade e pela própria história traz a sensação de pertencimento, diferente da lógica atual no Brasil. Da mesma maneira que precisamos resgatar nossas raízes, está na hora de abrir as veias para nosso sangue latino.” Pedro Granato.

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(Arquivo Pessoal/Divulgação)
(Arquivo Pessoal/Divulgação)
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