Continua após publicidade

Técnicas e materiais locais desenham refúgio na Bahia

Apesar de simples, o projeto da cabana de 65 m² não abriu mão do conforto

Por Silvia Gomez
Atualizado em 9 set 2021, 12h14 - Publicado em 10 jan 2018, 10h00

Quando se mudou de São Paulo para Trancoso, BA, a designer de interiores Karin Farah deu início a um projeto de ocupação do terreno de 5 mil m² que resultou em nove diferentes casinhas nas quais ela recebe os filhos, quando chegam de visita, ou turistas em busca de pousada. Entre as construções, está a cabana batizada de Oca. O nome se justifica pela cobertura de fibra de piaçava, palmeira típica da região. Além do cimento queimado do piso, os outros materiais são basicamente diferentes tipos de madeiras, vistas em fechamentos e estruturas, sobretudo toras de eucalipto e tábuas resgatadas de demolições. “Reciclei sobras de obras anteriores. Não creio em acabamentos nobres para deixar uma casa bonita. Aqui é tudo muito simples e rústico”, avalia Karin.

A construção foi erguida com quatro pilares de eucalipto tratado (30 cm de diâmetro cada um) chumbados no chão. No fechamento, tábuas de pínus lixado. (Marco Antonio/Marco Antonio)

 

O banheiro tem duas porções separadas. A parte da ducha (à dir., na foto) abre-se para um jardim com coqueiro. “Na Bahia é tradição ter o banheiro aberto”, conta Karin. (Marco Antonio/Marco Antonio)

 

Ripas de madeira de demolição de 2 m de comprimento servem de base à piaçava. “Executada por artesãos locais, a trama pede tratamento antichamas, pois é superinflamável. E uma vez por ano, precisa ser penteada com um tipo de vassoura especial”, ensina Karin. (Marco Antonio/Marco Antonio)
Publicidade