Continua após publicidade

Reforma econômica: casa de tijolos ganha integração e luz natural

Com apenas 4,20 m de largura e paredões nas duas laterais, o sobrado dos anos 50 conquistou aberturas maiores

Por Renato Bianchi
Atualizado em 9 set 2021, 12h30 - Publicado em 21 set 2017, 17h03

Respeito ao projeto original e à identidade dos imóveis da vizinhança. Esse foi o princípio que norteou a reforma do sobrado de 134 metros quadrados erguido na década de 50 numa ruazinha de paralelepípedos na Zona Sul paulistana.

A proposta de tornar a casa mais integrada e iluminada sem roubar sua essência, solicitação do jovem casal de clientes, ainda contou com soluções simples e orçamento enxuto.

A reforma preservou o charme de época da casa, que se harmoniza com a vizinhança (Divulgação/Fran Parente)

Diante da morada de três pavimentos quase inteiramente feita de tijolos (vigas e pilares de concreto são pontuais), as intervenções deveriam ser mínimas se a ideia era gastar pouco.

Continua após a publicidade

“Basicamente, o trabalho consistiu na substituição de todos os acabamentos e em planejar uma nova marcenaria”, diz o arquiteto Brunno Meireles, do Meireles + Pavan, escritório responsável pelo projeto e pela administração da obra.

Repare como a sala de jantar e a cozinha ficaram bem iluminadas.Feito na obra de alvenaria armada, o assento da sala de jantar tem 3,50 m de comprimento, 42 cm de profundidade e 49 cm de altura. (Divulgação/Fran Parente)

“Retiramos as molduras de gesso e revestimos alguns pontos internamente com tijolos”, acrescenta o sócio André Pavan. Natural e rústico, esse material foi eleito também para ornamentar as fachadas, preservando a atmosfera singela do lugar.

Continua após a publicidade

Sua aplicação nas paredes da frente e dos fundos exigiu cuidado extra dos arquitetos. Basicamente, tiveram que desenhar e mandar fazer um perfil metálico em U para ser embutido na alvenaria (engrossada pela nova fiada) e acolher portas e janelas.

A estrutura de madeira do assoalho do andar de cima foi mantida à vista, conservando o pé-direito elevado para a instalação dos armários. A bancada tem tampo de superfície sólida Samsung Staron (na cor Sanded Heron, execução da Premium Design & Furniture) com cuba esculpida no mesmo material. Pivotante, a janela (90 x 110 cm, com vidro de 12 mm), também é usada como passa-pratos. Afinal, o balcão da lavanderia, externa, serve de apoio em dias de churrasco. (Divulgação/Fran Parente)

Todas as esquadrias cederam a vez a modelos maiores, de modo a ampliar os vãos e, consequentemente, a entrada de luz natural.

Continua após a publicidade

Leia também: 10 salas de jantar com banco

A divisória que isolava a lavanderia veio abaixo e o quintal ganhou um pergolado de peroba e cobertura de vidro temperado incolor (16 mm). Os tijolos na cor tabaco (R. O. Materiais de Construção) foram assentados de modo tradicional. Acima da porta, no entanto, aparecem de lado. (Divulgação/Fran Parente)

Na repaginação, a marcenaria garantiu a unidade entre os ambientes. Finalizado com folha de freijó, o rack da sala vira estante quando alcança o hall da escada e depois continua (na parede oposta) desenhando os armários da cozinha e da área externa.

Continua após a publicidade

“O banco de concreto armado junto à mesa de refeições ainda promove uma percepção longilínea da sala de jantar”, arremata André.

Como na sala de estar, todas as áreas sociais receberam piso de porcelanato da linha Brava, cor Nero (60 x 60 cm, da Portobello). (Divulgação/Fran Parente)

A intervenção mais pesada foi a construção de uma laje para abrigar um banheiro no sótão, transformando o andar pouco utilizado em uma confortável suíte.

Continua após a publicidade

Ali, coube outra ideia certeira da dupla de profissionais: uma grande janela de teto amplia a incidência solar e permite contemplar o céu.

Fundamental para tornar o sótão habitável, o vão de 1 x 1,50 m cortado no telhado – entre as vigas de madeira originais – recebeu
uma janela de alumínio com vidro temperado 12 mm e película protetora (para afastar o calor e evitar que tecidos e madeira  desbotem). Na instalação, a esquadria foi apoiada e parafusada num requadro de peroba com cantoneiras cobrindo os pontos perfurados, além de vedação com silicone – depois, o conjunto foi pintado de branco. Do tipo máximo-ar, o modelo dispõe de um braço articulado para abrir na parte mais baixa e garantir a circulação de ar no ambiente. A cortina do tipo blackout ainda garante boas horas de sono. (Divulgação/Fran Parente)

 

 

Publicidade