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Obra seca: placas cimentícias, OSB e drywall moldam residência

Mais rápida, limpa e sustentável, construção dispensou os tijolos

Por Por Deborah Apsan (visual) e Lara Muniz (texto)
Atualizado em 9 set 2021, 13h07 - Publicado em 7 abr 2017, 15h53

De longe, um observador desatento pode imaginar que está diante de uma casinha flutuante. Basta chegar perto para ver que a delgada estrutura metálica criada por Teresa Mascaro exibe sabedoria arquitetônica. Suspender o ateliê de 18,50 m² do solo dispensou ajustes no terreno e permitiu inovar no fechamento.

“Optamos por uma obra seca e limpa. Do lado de fora, placas cimentícias (Eterplac Standard, da Eternit) cuidam da vedação; por dentro, a escolha recaiu sobre o drywall. No meio disso, reforço de chapas de OSB”, revela a arquiteta. O piso também foge do convencional ao usar painel wall (também da Eternit), uma chapa com miolo de madeira laminada envolta por uma camada de base cimentícia.

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O projeto 

(Foto: Cristiano Mascaro)

1.Obra sem excessos: ao criar o anexo, a regra foi a praticidade. Daí as placas externas (6 mm de espessura) ficarem cruas, sem acabamento. Em meio à floresta, o isolamento acústico não era fundamental – e foi dispensado em nome da economia.

2.Mix de sistemas: a estrutura de aço se somou a montantes metálicos modulados nas medidas-padrão do drywall. Dessa forma, os ajustes de diferenças entre o lado de fora e o de dentro são mínimos. O mesmo valeu para o piso de painel wall.

3.Nada de quebra-quebra: o encaixe da fiação elétrica e das tubulações hidráulicas e de ar condicionado se deu ao longo da montagem. Dessa forma, não há desperdício de material e os sistemas são facilmente acessados em caso de necessidade.

4.Velocidade x custos: a arquiteta estima o dobro de tempo caso a construção tivesse sido feita nos moldes tradicionais. “Ainda seria preciso ajustar o lote e lidar com vários outros fornecedores dispensados aqui.” Na ponta do lápis, o que parece caro sai mais em conta.

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De dentro para fora, as camadas da parede começam pelas chapas de gesso acartonado (A), avançam para as folhas de OSB

(em alguns pontos, onde há telas penduradas nas paredes), para o isolamento termoacústico feito com lã de rocha e para os

sistemas elétrico e hidráulico entremeados ali (B). Por fora, as chapas cimentícias (C) vão do piso ao arremate metálico no alto,

que apoia lâminas de vidro para trazer mais luz natural ao interior. Note que um beiral contorna e protege toda a estrutura.(Ilustração: Campoy Estúdio) 

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