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Nesta casa em Búzios, basta abrir o portão para desbravar o mar

Refúgio pé na areia mistura pedra, madeira, cores fortes e abraça a piscina, protegendo-a da ventania da Praia de Manguinhos, onde a família se joga nos esportes náuticos

Por Texto Simone Raitzik | Projeto Simone Jazbik Arquitetura
Atualizado em 9 set 2021, 14h07 - Publicado em 1 fev 2016, 09h00

Um casal jovem, três filhos esportistas e cheios de energia, todos compartilhando uma paixão assumida pela vida à beira-mar. Esse enredo foi o ponto de partida para o projeto deste refúgio pé na areia, num condomínio fechado na praia de Manguinhos, em Búzios, no litoral norte fluminense. Tudo começou quando a família, assídua frequentadora dessa porção da costa, encontrou o terreno com boa metragem e próximo da casa de amigos. O local acenava com a calma pretendida e a facilidade de estar de frente para o horizonte: bastaria abrir o portão, pegar o barco ou a prancha e partir para desbravar as ondas. De olho na oportunidade, fecharam negócio e logo chamaram a arquiteta carioca Simone Jazbik para definir como o pouso tranquilo que imaginavam poderia se tornar realidade. “Eles são muito ativos e ligados em esportes. Não são dados a excessos, gostam de simplicidade. Era importante que a casa dialogasse o tempo todo com o entorno e que fosse preparada para receber os muitos amigos, mas sem ser grandiosa demais”, conta ela, que seguiu o estilo buziano de morar com a cobertura de várias águas, as telhas de barro, a cor forte na fachada e os pilares de madeira rústica

“Só as esquadrias empregam PVC, porque os clientes faziam questão de um material de fácil manutenção. No início, estranhei. Preferia os modelos de madeira, a fim de deixar o mix de texturas mais homogêneo. Depois, acabei me acostumando e até achando bom. Aqui a maresia é poderosa”, reflete ela, autora da proposta com a colaboração do arquiteto Glauco Lobato. 

Outro ponto importante residiu no posicionamento da piscina. Como a região de Manguinhos se expõe a ventos fortes – motivo pelo qual atrai adeptos de esportes aquáticos –, Simone sugeriu colocá-la no centro do terreno, protegida pelo bloco mais perto da praia (o da área social) e, na lateral, cercada pela faixa que inclui cozinha, lavabo e o corredor que leva às dependências de serviço e às suítes de hóspedes, concentradas no trecho em frente à rua. “Com essa configuração, a casa ficou com dois módulos privativos. Quando a família vem só, ocupa a parte junto ao mar. Tudo bem prático e relaxante”, explica ela.

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