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Na Cidade do Cabo, casa fica às margens do Oceano Atlântico

A paisagem diária que cerca o imóvel é de tirar o fôlego

Por Sven Alberding/Bureaux (visual) e GrahamWood/Bureaux (texto)
Atualizado em 27 fev 2024, 11h33 - Publicado em 7 fev 2018, 13h00

Abraçada pelo mar azul, a Costa Atlântica da Cidade do Cabo é conhecida como a Riviera da África do Sul. Ali, na badalada e cara praia de Clifton, destaca-se a casa do arquiteto Jan-Heyn Vorster e de seu companheiro, Pieter Bruwer. Projetado pelo próprio Jan-Heyn em parceria com o sócio Pieter Malan, donos do Malan Vorster Architecture Interior Design, o refúgio de 788 m² parece escalar o terreno montanhoso com seus patamares aclive acima, a começar pela garagem, cavada como um porão no lote.

A casa se divide em níveis escalonados para tirar proveito da vista sem parecer um maciço monolítico. Persianas deslizantes de madeira protegem contra a luz solar severa da face oeste. Ao fundo, a montanha conhecida como Cabeça de Leão. (Greg Cox/Bureaux/Divulgação)

Leia também: Natureza e arquitetura se unem nessa morada na Africa do Sul

Acima dela, acomoda-se um andar dedicado aos eventuais hóspedes e também aos cômodos de serviço, como lavanderia e depósito de equipamentos, além de adega. A área de estar e a íntima vêm por último, ocupando os níveis mais altos e nobres, invadidos pela paisagem.

A porta da frente dá o tom do interior, combinando a moldura de aço ao trabalho detalhado do painel de madeira. A visão atravessa a casa até o jardim, denotando a proposta de integração da arquitetura. (Greg Cox/Bureaux/Divulgação)
No hall com pé-direito duplo, a escada flutuante leva até a suíte de hóspedes, a adega e a dependência de serviços, no andar de baixo, e aos quartos, em cima. (Greg Cox/Bureaux/Divulgação)

 

Não por acaso, na fachada, predomina o acabamento com pedras naturais da região. “Elas reforçam o caráter orgânico, como se a morada fizesse parte da montanha”, fala Pieter. Tudo isso para que a construção não parecesse um prédio maciço e alto demais, ferindo o precioso horizonte.

No térreo, a sala de jantar tem vista para um terraço e piso de tábuas de carvalho marcando a transição entre os ambientes. (Greg Cox/Bureaux/Divulgação)

 

A vista da cozinha revela o mix de materiais: concreto nas paredes e na laje, além de aço e madeira em detalhes como o guarda-corpo e os degraus da escada. No piso, aplicou-se um aglomerado monolítico de mármore, quartzo, granito e vidro sobre base cimentícia. (Greg Cox/Bureaux/Divulgação)
Sala de estar: o tom claro do carvalho da marcenaria se harmoniza com o azul da decoração. (Greg Cox/Bureaux/Divulgação)

 

O lavabo repete o padrão ripado do carvalho encontrado em toda a casa, a exemplo das persianas da fachada. Luminária da marca Brokis e torneiras de bronze da Vola, com desenho de Arne Jacobsen (1902-1971). Espelho da Muuto. (Greg Cox/Bureaux/Divulgação)

“Assim, os elementos de concreto surgem como placas flutuantes e você experimenta o contraste entre sólidos e vazios, com espaços internos que se abrem completamente”, define Pieter. Essa conexão com a natureza não acontece apenas visualmente. Soluções sustentáveis permeiam toda a edificação.

A cozinha traz carvalho nos armários e piso de aglomerado de cimento com mix de pedras. Nos tampos, os arquitetos optaram pelo granito preto. Ao fundo, faixas de vidro reforçam a luminosidade natural da casa. (Greg Cox/Bureaux/Divulgação)

 

Temos placas solares para aquecer a água, o piso radiante e a piscina e um sistema fotovoltaico para gerar energia elétrica.” No interior, fechado com largas esquadrias de correr e painéis ripados, um jogo neutro se estabelece entre os materiais de base: concreto, madeira, aço e rocha.

Amplo, o banheiro da suíte principal, no último andar, foi pensado também como outro ponto de onde se pode apreciar a paisagem: a área do boxe tem janelão para o mar. (Greg Cox/Bureaux/Divulgação)
O pátio coberto com deck de madeira cria uma sala ao ar livre que faz a passagem para o interior. Na parede de pedra, ao fundo, há fogão e bancada para a preparação de alimentos. (Greg Cox/Bureaux/Divulgação)

 

À frente da sala de jantar, os arquitetos e autores do projeto Jan-Heyn Vorster (à esq.) e Pieter Malan (à dir.). (Greg Cox/Bureaux/Divulgação)

“Pretendemos oferecer uma experiência acolhedora, com ênfase em peças artesanais na decoração”, revela Pieter. Entre as cores, imperam azul, cinza, bege e branco. “Essas escolhas sublinham nossa filosofia de criar uma sensação de atemporalidade e calma”, detalha Jan-Heyn. A mesma calma da passagem do tempo nos momentos de lazer ali, diante do vasto oceano.

O carvalho aparece novamente no quarto principal dos moradores, no pavimento superior, compondo os móveis e painéis desenhados pelos arquitetos (Greg Cox/Bureaux/Divulgação)

 

No último andar, os quartos são conectados pela ponte de aço e madeira. Aqui, o pé-direito duplo e as janelas panorâmicas voltadas para o oceano reforçam a sensação de leveza e espaço. (Greg Cox/Bureaux/Divulgação)
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