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Com jeito de casa: sobrado é reformado após ficar anos alugado

Na família há décadas, o endereço passou tempos com função comercial. Disposta a desfrutar novamente do quintal, a proprietária encarou uma obra de efeito

Por Joana L. Baracuhy
Atualizado em 9 set 2021, 12h36 - Publicado em 25 ago 2017, 16h21

Quando foi chamada a participar da reformulação, Marina Teixeira já encontrou o endereço paulistano com algumas paredes erguidas e outras demolidas.

Até então, a cliente tinha se lançado à obra com um layout na mão e um empreiteiro como aliado. Mas, insatisfeita com o detalhamento do projeto, decidiu acionar a dupla que conhecera há pouco: Camila Mattos e Marina Teixeira, sócias no escritório paulistano CM2T.

Em bom estado, o assoalho de perobinha foi raspado e ganhou aplicação de resina para recuperar o viço. Na parede da direita, um tom caloroso de cinza: tinta acrílica acetinada (Suvinil, ref. Ponte Pênsil). (Divulgação/Eduardo Pozella)

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Nada mais oportuno do que a expertise dobrada das moças, uma arquiteta e a outra designer de interiores. Sobretudo nesse caso, pois a proprietária logo revelou seu jeito singular de morar e decorar – perceptível nos móveis e objetos reunidos no apartamento onde até então vivia, itens que desejava levar consigo.

A laje em diferentes alturas foi encoberta pelo forro de gesso (por isso, partes da sala têm spots embutidos e outras versões salientes). O toque de estilo, no entanto, vem das vigas – ora peças de concreto encapadas de freijó, ora réplicas feitas com essa madeira, lembrando construções centenárias. (Divulgação/Eduardo Pozella)

Se a visita das profissionais ao sobrado parcialmente demolido revelou a pertinência das soluções já traçadas no plano de reforma – entre elas, destaque para a ampliação e a integração da edícula, onde seria instalado o quarto de uma das filhas da dona da casa –, o passeio pela residência até então habitada pela cliente trouxe informações preciosas sobre o mobiliário a ser preservado.

O mármore branco  carrara venatino (S2R – Mármores e Granitos) aplicado no hall assegura a entrada triunfal. Aparece também nas soleiras e pingadeiras. (Divulgação/Eduardo Pozella)

“Fui até lá medir tudo e passei a imaginar o lugar ideal para reacomodar cada peça”, conta Marina. Já a Camila coube deter-se na revisão dos espaços e estruturas, assim como nos acabamentos.

No lavabo, os metais (Galo Ferragens) ostentam efeito envelhecido. (Divulgação/Eduardo Pozella)

Foram nove meses de obra, que iniciou pela cobertura, onde as telhas cerâmicas cederam a vez a outras de concreto (assim, os inconvenientes pombos enfim deixaram o abrigo), passou pela atualização das redes hidráulica e elétrica, até chegar à renovação de pisos, tamposazulejos, louças, metais, esquadrias e pintura – etapa culminante da história.

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Armários com portas laqueadas de azul acetinado e puxadores em concha (Astoria – Móveis Rústicos e Planejados) dão um toque provençal à cozinha. Os azulejos brancos (Vives) e a cerâmica decorada (linha Coimbra, de 11 x 11 cm, da Antigua), ambos na Euroville, complementam. O pendente (Reka) faz sutil contraponto. (Divulgação/Eduardo Pozella)

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Ao fim da jornada, a sensação das três envolvidas é de que o conjunto ficou muito melhor e superparticular. Valendo-se de seus conhecimentos de paisagismo, a recém-instalada moradora arrematou o mix de estilos com um jardim de ares toscanos.

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