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Casa de campo na Serra da Mantiqueira é um paraíso para relaxar

Quando começaram a construir esta casa com lindas vistas, generosa área de lazer e belos caminhos entre seus pavilhões a ideia dos moradores era desacelerar

Por Deborah Apsan (Visual) e Marianne Wenzel (texto)
Atualizado em 9 set 2021, 10h45 - Publicado em 18 jun 2018, 17h01

Depois de anos trabalhando intensamente com turismo, o casal de empresários paulistanos decidiu reduzir os check-ins, as estadias em hotel e as horas perdidas pelos efeitos do jetlag. Percebeu que, enfim, havia chegado a hora de escolher um destino, aliviar as jornadas comerciais e construir a tão sonhada casa de campo. “Para curtir meus amigos, meus discos, meus livros e nada mais, como fala a música”, diz o proprietário, citando a canção eternizada na voz de Elis Regina. Cansados de aeroportos, escolheram uma localidade na Serra da Mantiqueira, próxima de São Paulo, arremataram dois lotes para transformar em um só e encomendaram um projeto ao arquiteto Gui Paoliello, ele mesmo frequentador assíduo da região.

Aqui ficam claras a topografia acidentada do lote e a implantação em blocos. Em primeiro plano, o anexo de hóspedes, também estruturado com MLC , se comunica apenas com o deck da piscina. Nele, a fachada se reveste de painéis de itaúba. Logo atrás, está visível o terraço-jardim sobre a laje de concreto do pavilhão de lazer, no qual o revestimento externo compõe-se de réguas de concreto. Mais ao fundo, o bloco com as suítes dos filhos repete o sistema construtivo do anexo. (Cacá Bratke/Divulgação)

“Meu primeiro conselho foi: comprem também, se possível, o terreno vizinho situado na cota de cima. Assim, ninguém terá vista para a área de lazer de vocês”, conta. O casal concordou e assim começou a nascer este refúgio – no qual, de fato, a área de lazer com piscina, deck, ofurô, sauna, cozinha aberta e um generoso terraço-jardim ganhou bastante peso. A união dos três lotes resultou numa propriedade com considerável variação topográfica: há 14 m de diferença entre o ponto mais baixo e o mais alto, fator que induziu uma ocupação em níveis. “Ao mesmo tempo, eu não quis fazer uma única edificação que concentrasse tudo, pois ela acabaria ficando enorme e destoaria demais dos vizinhos”, explica Gui. A solução, então, foi dispersar a morada em vários blocos que orbitam a área de lazer. Ato contínuo, as ligações entre esses blocos assumiram grande relevância.

As duas suítes dos filhos estão separadas
por um ambiente de estar que inclui uma pequena copa e um calefator (Firepoint, comprado na Casa das Lareiras). (Cacá Bratke/Divulgação)

São circulações ora internas ora externas, ora abertas ora fechadas, ora cobertas ora descobertas, por escadas, passarelas ou caminhos desenhados no jardim. “Sempre acreditei na importância do percurso para desfrutar da arquitetura”, afirma o autor do projeto. Quanto ao percurso São Paulo–Serra da Mantiqueira, ele ocorre com frequência, mas a balança segue pesando a favor da cidade. “Ainda não conseguimos diminuir o ritmo de trabalho. Estamos em processo, num caminho promissor”, fala o proprietário.

Uma suave trilha liga o ambiente do ofurô (nesta foto, ao fundo) à construção que abriga a suíte do casal, numa opção de acesso externo. (Cacá Bratke/Divulgação)
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