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Casa com ares de pousada une contato natureza e conforto

Antiga fazenda de búfalos, esta casa em trancoso, BA, oferece o melhor dos dois mundos para quem é conectado o tempo inteiro, mas também gosta de relaxar

Por Alvaro Leme
Atualizado em 9 set 2021, 11h00 - Publicado em 14 Maio 2018, 14h49

O dilema de escolher entre se embrenhar no mato ou tomar sol à beira-mar não tem vez aqui, já que se pode perfeitamente oscilar entre ambos – pero, sin perder el wi-fi jamás. É assim, com um pé na natureza e outro no conforto, que se sente quem passa uns dias nesta casa com ares de pousada, esparramada num terreno de 38 mil m² em Trancoso, badalado point do litoral sul baiano. Lar de um empresário que se reveza entre São Paulo, Alagoas e Bahia, a construção se divide em módulos que totalizam 480 m². “Aqui era uma antiga fazenda de búfalos”, relata o proprietário, integrante da leva de paulistas que, na década de 70, caiu de amores pelo até então ultrapacato vilarejo.

 

 

(Evelyn Müller/Divulgação)

Depois de 18 anos num imóvel próximo à pousada Espelho d’Água, não titubeou quando viu a chance de adquirir seu quinhão de mata virgem com pé na areia na praia Itapororoca, que hoje ocupa com a mulher, três filhos e cinco cachorros. Naquele ano, após oito meses de obras, saiu do papel a primeira etapa do projeto, assinada pela arquiteta Bia Bittencourt, e que consistia em dois quartos-bangalôs, cozinha e sala de almoço. Sem pressa e com carinho, como pede o estado de espírito local, a segunda fase (de autoria de Paulo Milani e Alberto Busacca) aconteceu dez anos depois, quando nasceram a área social e o terceiro bangalô – o quarto e último veio em 2011, junto com a piscina. Todas as etapas foram acompanhadas pelo designer e construtor Ricardo Salem, amigo dos donos do pedaço e autor também de boa parte dos móveis de madeira do refúgio. Ah, sim, a madeira. Ela está por toda parte no projeto.

(Evelyn Müller/Divulgação)

 

Eucalipto, itaúba e freijó são as estrelas da casa, que tem (poucas) paredes de alvenaria e (muitas) aberturas em locais estratégicos para as bem-vindas luz e circulação de ar. “Meu objetivo era usar o mínimo possível de energia elétrica, mesmo que ficasse mais escuro”, conta o morador sobre o pedido feito a Airton Pimenta, responsável pela luminotécnica. A influência regional aparece também na escolha do cimento queimado com pigmentos coloridos para o piso, bem como da cobertura de taubilha, material preferido dos habitantes locais décadas antes da chegada dos paulistanos. “Tudo aqui tem uma estética trancosense”, define Ricardo Salem.

 

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