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Tons de concreto atualizam o loft de 81 m²

Estrutura e instalações aparentes, cimento queimado, vidro em tonalidade escura, tudo harmonizado com a madeira, dão o tom deste apartamento paulistano e ressaltam a atmosfera industrial

Por Por Dan Brunini (texto) | Projeto Diego Revollo
Atualizado em 9 set 2021, 13h16 - Publicado em 8 mar 2017, 18h25

Neste apartamento de 81 m², a escolha pela estética dos galpões nova-iorquinos se deve há muitos motivos. “Com poucas paredes, o apartamento me faz sentir menos confinado. Além da simplicidade de ter tudo à vista, sem no entanto parecer um cenário”, enumera o dono deste imóvel paulistano, erguido dentro desse conceito.

Num só olhar, é possível enxergar todo o apartamento, livre de barreiras. Paredes, laje e teto compõem uma base cinza-clara, diante da qual a estrutura metálica e as instalações à mostra se destacam. Mesas de centro criadas pelo arquiteto e executadas pela Marcenaria Inovart. (Foto: Alain Brugier)

O endereço apresentava a medida certa para o proprietário recém-separado, mas faltavam toques de personalidade e ajustes que imprimissem um visual mais sóbrio aos ambientes. Foi aí que entraram em cena as ideias do arquiteto Diego Revollo, conhecedor desse repertório. “Tenho alguns lofts no portfólio e faço muitos projetos para homens”, revela. “Sei que esse perfil prioriza os bons materiais e a praticidade.” 

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Atração da sala, a estante de TV desenhada pelo arquiteto (feita de tauari também pela Marcenaria Inovart) lembra uma pilha de engradados. Vazada, deixa ver a textura da parede ao fundo. A mesma madeira clara foi eleita para o assoalho (Gasômetro Müller), as pisadas da escada e o inevitável – embora discretíssimo – rodapé (uma baguete de 2 x 3 cm). (Foto: Alain Brugier)

Sem quebrar quase nada, com exceção do banheiro que foi reduzido, Diego investiu em acabamentos elegantes, do vidro ao cimento queimado, e soluções originais para adaptar os espaços. Já havia uma grande integração no térreo, mas eliminar a bancada em L da cozinha e trocá-la por uma mesa de jantar riscou do mapa qualquer tipo de barreira.

Na cozinha, o bloco de armários (Florense) acomoda geladeira, fornos, despensa e um tanque, escondido por uma porta (à dir.). (Foto: Alain Brugier)

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Diego somou a rede elétrica aparente a luminárias com ar industrial dispostas a meia altura. É o caso da arandela com cúpula vermelha (Wall Lamps) e da coluna da Ligne Rosset. Essas peças ajudam a levar aconchego à sala com pé-direito duplo, onde o pendente principal fica distante, no alto. Repare como o tampo de aço inox (Mekal) com 3,70 m de comprimento desce pela lateral do gabinete da pia para melhor acabamento. (Foto: Alain Brugier)

Pensada como uma grande caixa, a área social teve tetos e paredes pincelados com cimento queimado cinza-claro, realçando o esqueleto metálico preto e a tubulação elétrica aparente. “Nesse tipo de solução, não convém mascarar a estrutura, encobrir vigas nem colocar forros. A decoração deve ser coadjuvante”, explica o arquiteto.

Para aquecer a paleta essencialmente escura e quebrar a sobriedade, o assoalho de tauari cobre todo o piso e objetos e tapete entram como pontos de cor. “Aqui é realmente minha casa, me identifico em cada canto”, fala o morador.

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