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Despertar de sensações: madeira de demolição, treliças e iluminação cênica dão vida a este apê

Elementos lúdicos aguçam os sentidos e imprimem um toque contemporâneo ao apartamento de uma designer de joias

Por Texto: Dan Brunini | Visual: Silvia Goichman
Atualizado em 9 set 2021, 13h18 - Publicado em 28 fev 2017, 10h36

Quem conhece a designer de joias Carol Keutenedjian e suas criações à frente da Epiphanie sabe que cores, formas e elementos óbvios nunca fizeram seu estilo. Foi esse o ponto de partida para a reforma radical que, em um ano, deu novos ares ao apartamento paulistano onde ela vive com suas duas cachorrinhas. “Preferi mais uma vez o diferente e o lúdico, reservando toques femininos para detalhes como as estampas dos tecidos e o desenho do mobiliário”, explica. Modernizar o imóvel de 140 m2 construído nos anos 80 não foi o único desafio cumprido pelo escritório H2C Arquitetura, encarregado também de inventar espaços capazes de aguçar os cinco sentidos. Ao fim da obra, poucas paredes sobraram, tornando a área de estar única, integrada, e transformando a cozinha no coração do lugar. “O cheiro gostoso da comida estimula o olfato e o paladar, além de favorecer a interação com a família e os amigos”, justifica a arquiteta Helena Camargo, principal mentora da renovação. A madeira, presente em todo o piso e no painel treliçado deslizante, convida ao toque e surpreende o olhar. Quando fechadas, as portas de correr permitem ver a sala a partir da cozinha, mas não o contrário. Se a ideia é descansar, o quarto, cuja cabeceira recebeu couro estofado, contribui para o silêncio. Eliminar os forros e aproveitar ao máximo o pé-direito ajudou a trazer amplitude aos ambientes, marcados pela paleta sóbria e repletos de minúcias. Distribuídos pelo teto em pontos estratégicos, os trilhos metálicos deram à iluminação um ar teatral, enquanto um conjunto de volantes hidráulicos fixados no hall (veja na pág. 66) diverte e apoia chapéus, casacos e chaves. “A inspiração e as ideias vieram de diversos lugares e fontes, depois foram mescladas. Isso fez da minha casa única – e feminina do meu jeito”, diz Carol.

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