Caixa de lazer: varanda de apê tem rede e suporte para bicicleta
A atmosfera de casa de fim de semana é proposital: os moradores adoram viver assim. Por isso, um dos destaques deste projeto paulistano é o terraço
Por Deborah Apsan (visual) e Lucila Vigneron Villaça (texto)
Atualizado em 9 set 2021, 13h03 - Publicado em 26 abr 2017, 19h01
Adriano e Juliana são um casal que vê a vida com leveza: os dois gostam de praticar esportes, curtir a natureza, estar com os três filhos e relaxar tomando um vinho. Esse despojamento se reflete diretamente no jeito de morar da família, adepta de ambientes integrados e práticos.
No cotidiano, procuram não acumular tantos móveis e objetos: a morada ideal para eles tem a atmosfera descontraída típica das casas de praia. E, apesar de viverem em São Paulo, era esse clima de litoral que sonhavam imprimir no apartamento de 72 metros quadrados.
Acanhada em seus quatro metros quadrados, a varanda original não garantia a desejada conexão com o exterior. Por outro lado, o espaço representava a chance de criar um canto especial, quem sabe com jeito de quintal. Além disso, poderia comportar sem maior incômodo as bicicletas da dupla.
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“Com todas essas necessidades em mente, comecei a idealizar o projeto, contando também com a inclusão da grande adega do Adriano”, diz a arquiteta Julliana Camargo, contratada para a reforma. Do tamanho de uma geladeira, a peça encontrou seu lugar após a eliminação da parede entre cozinha e sala.
Outra medida em prol de mais centímetros foi retirar a alvenaria e a porta de correr do terraço, integrando-o à parte social do imóvel. O pulo do gato se deu com a moldura de chapas amadeiradas encerrando essa espécie de caixa instalada ligeiramente acima do piso, recurso sutil capaz de fazê-la saltar visualmente.
“A madeira transmite sensação de aconchego e, junto da rede e do vaso de plantas, o local virou o foco tanto da família quanto das visitas”, conta Julliana. Ali, dois ganchos próprios para bikes facilitam a rotina. “O laminado ajuda muito nesse aspecto, pois é simples de limpar e resistente aos eventuais riscos decorrentes da manipulação das bicicletas, que não estão ali por mero efeito decorativo mas para uso diário”, complementa a arquiteta.