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Apê de 116 m² com estilo minimal e boas soluções

Adepta de um estilo de vida casual e descomplicado, a dona deste apartamento escolheu refletir essas mesmas qualidades em seu endereço paulistano

Por Lara Muniz (texto)
Atualizado em 9 set 2021, 10h35 - Publicado em 2 jul 2018, 13h29

Dividida entre São Paulo, sua terra natal, e Salvador, onde comanda um espaço de eventos, a dona deste dúplex aprendeu a apreciar o melhor de cada uma dessas cidades – e a baixar a frequência quando está na pauliceia desvairada. Adepta do veganismo e da medicina aiurvédica, ela quis alinhar os cuidados que despende com o corpo ao zelo com a morada na capital paulista – veio daí a vontade de reformar a cozinha.

Distribuição inteligente: a varandinha da sala fica numa face (sob a suíte), enquanto a outra área externa, no andar de cima, volta-se para o lado oposto. Dessa forma, sempre há luz natural clareando o imóvel ao longo do dia. (PEDRO NAPOLITANO PRATA/Divulgação)

“Inicialmente, a obra seria só ali, para tornar o lugar mais aberto e confortável para receber. Mas quem resiste a ampliar o foco de uma reforma quando vê que o restante também pode melhorar?”, brinca a arquiteta responsável pela obra, Samira Rodrigues, sócia de Roberta Rinaldi na Cacho Arquitetura. Partindo da cozinha, o quebra-quebra se estendeu até o estar e incluiu a escada original de concreto, de visual pesado, que foi substituída pela opção vazada e esguia, passagem para a claridade vinda da pequena varanda da sala. “Reaproveitamos a madeira antiga nos degraus, uma medida ecológica e bem-vinda no resultado final”, lembra a arquiteta.

Os ajustes na distribuição prosseguiram com a transferência da área de serviço (antes, ela tomava preciosos metros quadrados do primeiro andar) para um trecho descoberto do segundo pavimento, onde ressurgiu em versão compacta. Agora, ali no alto, reina absoluta a ampla suíte que convida à contemplação das plantas cultivadas no terraço ou da paisagem da Zona Oeste paulistana, com seu icônico pôr do sol entre edifícios. Um detalhe: na transformação do imóvel, a serralheria teve papel fundamental.

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Fácil de manter, o granilite (Casa Franceza) dá
acabamento a piso, bancadas e frontão (60 cm de altura) da cozinha – onde a moradora costuma entreter os convidados para jantar. Aqui, o forro foi mantido, pois a laje estava muito estragada. No restante, porém, os dutos com a rede elétrica ficam aparentes, preservando centímetros do pé-direito. (PEDRO NAPOLITANO PRATA/Divulgação)

Partimos de um material e de uma cor, a do ferro, buscando criar uma linguagem única para a reforma e chegamos a um equilíbrio entre o gosto da cliente e o que há de próprio no nosso trabalho”, avalia Samira a respeito das divisórias, esquadrias e da escada. A marcenaria, também desenhada pelo escritório, se somou no esmero: um exemplo está no guarda-roupas do quarto, suspenso e translúcido, que demarca sutilmente o espaço. Ele facilita o dia a dia da moradora, deixando tudo ao alcance dos olhos e das mãos, como ela gosta.

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