Antes e depois: paredes vieram abaixo para deixar cozinha prática

Com a retirada das divisórias entre o setor de serviço e o social, o apartamento ganhou espaço e luz

Por Gabriela Varanda
Atualizado em 9 set 2021, 12h31 - Publicado em 19 set 2017, 18h58

Piso único e móveis planejados foram alguns dos recursos usados para integrar o ambiente de preparo ao setor social. (Divulgação/MCA Estúdio)

O imóvel de 130 metros quadrados, localizado no coração do bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro, mantinha as características da década de 70, quando foi adquirido pelo casal, que atualmente mora na Califórnia e vem ao Brasil durante as férias.

O novo layout do apartamento após a reforma. (Divulgação/MCA Estúdio)

Na nova concepção, a cozinha foi totalmente integrada ao estar, com a remoção de algumas divisórias, criando um único e mais amplo ambiente de convivência. A vista para o mar também dobrou de tamanho, uma vez incorporadas as grandes janelas do espaço antes isolado.

A entrada do apartamento foi remodelada: recebeu uma porta de correr posicionada na parede perpendicular à da abertura original. Para isso, os proprietários precisaram de autorização do condomínio.

Antes: para criar o atual acesso do apê, a porta com arco deu lugar a um modelo de correr instalado na divisória branca (centro da foto). A parede marrom e a alvenaria rente à entrada da cozinha (à dir.) vieram abaixo, liberando espaço para a ilha da cozinha. (Divulgação/MCA Estúdio)

“O casal pediu ambientes claros e com muita madeira. Como o endereço é usado poucas vezes ao ano, optei por soluções de baixa manutenção, mas sem perder de vista o charme, o conforto e a ideia de casa”, explica o arquiteto Carlos Carvalho, do Studio Ro+Ca, escritório responsável por projeto e obra.

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Confira as boas ideias deste projeto

1. Painel de madeira: chapas de MDF (25 mm) folheadas de freijó lavado vestem a superfície que se estende da sala à cozinha. A nova porta de entrada (Marcenaria Contorno), de correr, integra essa marcenaria e, quando aberta, se esconde no vão entre o painel e a parede. A solução oculta também fios e cabos da TV, dotada de braço articulado para ser assistida da cozinha e da sala de estar. R$ 18 000.

2. Piso único: a cerâmica original deu lugar ao porcelanato da marca italiana Florim (Pedras Inteligentes): em grandes placas de 0,80 x 1,80 m, o revestimento reduziu a presença de rejuntes. “O produto vai bem também em áreas úmidas, afinal era desejo do cliente usar uma só opção muito resistente em todo o apartamento”, explica o arquiteto Carlos Carvalho. R$ 17 000.

3. Móveis planejados: a composição e a disposição dos armários da cozinha foram escolhas do arquiteto com base nas opções do fornecedor (Favo Móveis). Ele preferiu peças com corpo de MDF revestido de laminado com microtextura, além de portas e vidro acidato fosco (com pintura branca), que oculta as marcas de dedos. Internamente, divisórias de inox facilitam a higienização. R$ 80 000.

4. Forro rebaixado: o gesso entrou em cena para esconder vigas, duto da coifa, fios das caixas de som (os quadrados brancos no teto) e a tubulação de água, que precisou ser desviada por causa da remoção da parede divisória (Almeida & Gregov Engenharia). Os dois rasgos no alto embutem a iluminação, finalizada com nove pendentes do designer Jader Almeida (Arquivo Contemporâneo). R$ 17 000.

5. Bancada sintética: mais resistente do que o mármore, este padrão de Dekton (Cosentino) que imita uma versão branca da rocha natural foi selecionado para os tampos e a lateral da ilha. Bastante resistentes, as chapas (2 cm de espessura) do material não riscam nem sofrem abrasão. “Sabíamos que os proprietários não teriam muito tempo para a limpeza”, explica o arquiteto. R$ 47 000.