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Portfólio: 4 projetos do escritório Arquitetos Associados

Mais do que estilo, certos princípios norteiam o trabalho do escritório mineiro fundado em 1996

Por Gabriela de Sanctis
Atualizado em 9 set 2021, 10h36 - Publicado em 29 jun 2018, 11h40

Localizado em Belo Horizonte, o escritório Arquitetos Associados se dedica à arquitetura e ao urbanismo há mais de 20 anos. São cinco sócios (na foto, da esquerda para a direita): Paula Zasnicoff Cardoso, André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília, Alexandre Brasil e Carlos Alberto Maciel. Este último conversou com a revista. O que faz um bom projeto residencial? É aquele que amplia as possibilidades da vida do cliente. Quanto mais indeterminado funcionalmente e capaz de acomodar os diversos momentos da vida do morador, melhor. E quanto mais apto para acolher outras vidas, melhor ainda. Afinal, os edifícios duram mais do que as pessoas. O escritório é bastante premiado. Ao que creditam esses títulos? À soma entre trabalho árduo e abertura para a pesquisa. Os concursos são oportunidades para testarmos novas ideias, que depois acabam por informar nossa prática cotidiana. Quais são os principais desafios da arquitetura atualmente? Ser generosa e amigável com o mundo, evitando a obsolescência acelerada, o consumo perdulário de energia e trabalho e a monumentalidade gratuita.

ESTÚDIOS CAPELINHA, BELO HORIZONTE, 2011

(Leonardo Finotti/Divulgação)

O projeto deste apartamento graceja com as dimensões. Repare na foto ao lado, que exibe o segundo pavimento da unidade: o vazio interno amplia verticalmente o imóvel compacto, dotando-o de pé-direito duplo. A ausência de paredes proporciona integração física e visual. “A espacialidade variada permitiu pensarmos em apartamentos não em metros quadrados, mas em metros cúbicos. Esse projeto funciona como um contraponto à produção imobiliária padronizada que predomina nas cidades brasileiras”, afirma Carlos.

 

CASA NO VALE DAS ARARAS, NOVA LIMA, MG, 2010

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(Gustavo Xavier/Divulgação)

Causar o mínimo impacto possível no terreno e na vegetação existentes foi a premissa para a implantação desta residência de 297 m² em um lote íngreme. A relação generosa entre interior e exterior é reforçada logo na entrada. “O pátio frontal (foto) constitui um recinto qualificado que estende as atividades da morada ao ambiente externo”, diz Carlos. O uso de grandes panos de vidro e a continuidade entre os pisos reiteram o diálogo dentro e fora. Pedra, tijolo e concreto completam a paleta de materiais.

RESIDÊNCIA NOVA LIMA, MG, 2010

(Leonardo Finotti/Divulgação)

Estrutura de concreto e lajes nervuradas viabilizaram os grandes vãos desta proposta, que flanqueia paisagens da serra e da cidade. Usufruir de diferentes vistas foi um dos motivos para repousar a casa no ponto superior do terreno. Ladeada pelo acesso de veículos, uma escada conduz ao primeiro platô, onde encontram-se o hall de acesso principal, sauna, áreas de serviços e garagem. Brises de aço corten arrematam as fachadas laterais

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RESIDÊNCIA FM, NOVA LIMA, MG, 2008

(Eduardo Eckenfels/Divulgação)

Mais uma vez, a variedade de paisagens influenciou a escolha da localização do projeto no lote. Ao alcançar a praça de chegada desta residência (foto acima), avistam-se as montanhas emolduradas. Uma escada curva conduz o morador até a porta principal, um andar acima. Nesse pavimento (foto no alto da pág.), a piscina surge em um pátio entre dois pavilhões envidraçados. Mas a vista dali fica diferente ao ganhar os traços da cidade.

(Eduardo Eckenfels/Divulgação)
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