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Portfólio: 4 projetos de André Becker Pennewaert

Mesmo afeito aos materiais naturais, o arquiteto usa tecnologia em seus projetos, recorrendo a sistemas construtivos pré-fabricados e à realidade virtual

Por Redação
Atualizado em 9 set 2021, 11h05 - Publicado em 2 Maio 2018, 13h00

Depois de ter trabalhado com grandes mestres como Ruy Ohtake, Aflalo & Gasperini, André Becker Pennewaert abriu seu próprio escritório em São Paulo, o ABPA, na ativa desde 2007. Qual seu estilo de projetar? Estruturado. Antes de desenhar,procuro me informar sobre o terreno, vistas, programa de necessidades, gostos do cliente, orçamento, técnicas construtivas locais etc. Quanto mais claros estiverem esses fatores, melhor será o partido arquitetônico. O que gosta de valorizar nos seus trabalhos? A relação entre dentro e fora e a síntese, para que nada fique gratuito ou excessivo num ambiente, mas, sim, aconchegante e humano. Também dou atenção especial à estrutura, nova ou existente. Há algo que tem experimentado atualmente e gostado? Utilizo cada vez mais sistemas construtivos secos, pré-fabricados e modulares, que ajudam a resolver dois grandes vilões da arquitetura residencial: a dificuldade de previsão de custo e de prazo. Quanto menos surpresas nessas áreas, mais saudável é o processo como um todo para clientes e construtores.

RESIDÊNCIA CAMPOS DO JORDÃO, SP, 2013

(Leonardo Finotti/Divulgação)

Esta capela particular é um dos destaques do projeto, integralmente abraçado pela natureza. Diante da exuberância verde, um desenho simples se mostrou o mais interessante. “Usamos o morro como parede de fundo e trabalhamos apenas com três elementos essenciais: cobertura, torre do sino/pilar e altar”, descreve André. A disposição perpendicular dessas estruturas proporciona graça à arquitetura.

 

APARTAMENTO STC, SÃO PAULO, 2015

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(Ana Mello/Divulgação)

O antigo apartamento de zelador, na cobertura do prédio, foi comprado por uma cliente de André, encarregado da reforma. Ele descobriu um estuque duro em vez de laje no teto. Removida, essa camada revelou um lindo telhado de barro apoiado nas alvenarias periféricas, elemento então assumido na obra. A demolição de algumas paredes transformou o imóvel numa espécie de galpão. “O volume de marcenaria abriga a área íntima e, no alto dele, há um mezanino com bancada de trabalho”, completa.

 

RESIDÊNCIA LHM, SÃO PAULO, 2016

(Ana Mello/Divulgação)

A construção já existente, encerrada pelo paredão branco, foi o ponto de partida para o projeto de reforma. “Criamos um novo andar com estrutura metálica leve onde antes havia apenas um telhado cerâmico inclinado”, afirma André. Acima da garagem (na foto, em primeiro plano), um jardim com deck tomou o espaço do antigo escritório. A escada caracol liga as novas áreas externas ao térreo.

 

RESIDÊNCIA PAN, ILHABELA, SP, 2008

(Eduardo Pozella/Divulgação)

Com aberturas generosas e ventilação abundante, esta residência no litoral paulista desdobra-se em terraços. O desenho venceu dois desafios: a forte inclinação do terreno e a altura máxima permitida para a casa, que não podia ultrapassar 8 m em relação ao solo, segundo a lei. No patamar social, a cobertura metálica perfurada que avança em balanço diminui a incidência do sol sem bloquear a circulação de ar e tampouco a vista

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(Eduaro Pozella/Divulgação)
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