4 perguntas sobre arquitetura sustentável
Você sabe o que é e como fazer um edifício assim?
Propor soluções para os principais problemas ambientais atuais, de mãos dadas com a tecnologia e com as necessidades dos moradores. Esse é o conceito-base da arquitetura sustentável. A seguir, a arquiteta Patrícia O’Reilly, do Atelier O’Reilly, esclarece dúvidas sobre o assunto.
1.O que é construção sustentável?
É um sistema de construção que promove mudanças conscientes no entorno, de forma a satisfazer as necessidades de habitação e uso de espaços pela comunidade contemporânea, preservando os recursos naturais e garantindo qualidade de vida para as gerações atuais e futuras.
Projeto sustentável assinado pelo Atelier O’Reilly. (Foto: Divulgação)
2. Quais são as características básicas desse tipo de edifício?
São diversas: gestão sustentável da execução da obra; mínimo consumo de energia e água desde a construção; uso de matérias-primas ecoeficientes; baixo desperdício e poluição ao longo da vida útil; mínima ocupação do terreno; adaptação às necessidades atuais e futuras dos usuários; criação de um ambiente interno saudável, livre de compostos orgânicos voláteis; e promoção de saúde e bem-estar dos moradores.
3. Como fazer uma construção sustentável?
Há dez etapas principais. São elas:
1. Estudo do clima local
2. Aproveitamento passivo dos recursos naturais (desenho bioclimático)
3. Eficiência energética
4. Gestão e economia de água
5. Gestão de resíduos
6. Qualidade interna do ar
7. Conforto termoacústico
8. Uso racional de materiais
9. Utilização de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis
10. Reciclagem de resíduos de construção e demolição, fechando o ciclo dos materiais.
Projeto sustentável assinado pelo Atelier O’Reilly. (Foto: Divulgação)
4. Quais erros podem ser evitados?
Não existem erros, o que há é falta de informação. A construção sustentável precisa ser planejada a fim de se traçar a estratégia correta. O edifício deve ser posicionado de forma a receber a melhor insolação possível. Esta técnica está relacionada ao desenho bioclimático e garante desempenho energético e conforto térmico. As estratégias ativas que consomem energia devem ser aplicadas apenas para corrigir o que o desenho bioclimático não consegue atingir.