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Jardins surpreendentes: eles cabem em prateleiras e até numa viga

O paisagismo pode acontecer dentro ou fora de casa, ser composto só de vasos e até ficar suspenso, como ensinam os projetos a seguir

Por Deborah Apsan (visual) e Lucila Vigneron Villaça (texto)
Atualizado em 22 nov 2022, 01h58 - Publicado em 26 Maio 2017, 19h19

“Onde cabe o jardim?”. A pergunta comum de ser feita nos dias atuais denota a vontade de estarmos mais perto da natureza. O desejo, porém, esbarra com frequência nas metragens diminutas dos projetos.

Prova de que não é preciso uma grande porção de terreno nem mesmo solo para plantar, as propostas abaixo vão inspirá-lo a tornar realidade o almejado canto verde.

Na estante

Os moradores desta cobertura paulistana (projeto da Casa 14) queriam cultivar temperos e suculentas na área descoberta de 35 metros quadrados, com piso de porcelanato (linha Concretíssyma, da Portobello). A arquiteta paisagista Gabriella Ornaghi bolou delgadas estantes de 2,50 metros de altura com estrutura de ferro e prateleiras de teca (Serralheria Cabrália).

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“As estruturas delimitam visualmente os paredões do prédio, pintados aqui de cinza (Coral, ref. Pena Prateada) até uma altura de 2,60 m para trazer aconchego, além de apoiar os vasos com hortelã e manjericão”, diz Gabriella. (Divulgação/Gui Morelli)

 

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A trama metálica serve ainda de guia para a trepadeira jasmim-dos-açores. (Divulgação/Gui Morelli)

Pendendo do teto

Como conciliar a vontade de ter um jardim com o espaço reduzido da varanda (9,75 metros quadrados), e a presença do neto pequeno – que passa todas as tardes com a avó e vive mexendo em tudo?

A moradora pensou em algo suspenso e as paisagistas Gabriela Tamari e Carolina Leonelli, da Oficina2mais, encamparam a ideia, lançando mão dos suportes montados com discos de alumínio (15 centímetros de diâmetro) e cabos de aço.

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“Cada base apoia um vasinho com plantas, entre aquáticas e não aquáticas, como a confete, na cor roxa”, conta Gabriela. (Divulgação/Gui Morelli)

À frente da viga

Ao integrar ambientes, a reforma do apartamento em São Paulo desnudou as vigas de concreto, aproveitadas pelas arquitetas Camila Stump e Nabila Sukrieh, do Estúdio Minke.

“Uma delas ganhou ainda mais destaque com a companhia dos vasos de plantas”, conta Camila. Para isso, instalou-se uma prateleira de MDF revestida de tauari de 0,60 x 4 m sustentada por cabos de aço presos ao teto.

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No alto, exibem-se as volumosas e pendentes samambaias-americanas, intercaladas com peperômia, hera e jiboia. (Divulgação/Gui Morelli)

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