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Sossego nas alturas: esta casa na serra fluminense se abre à delícia do lazer na montanha

Moldada com muito vidro, armação de aço e uma delicada cobertura, a residência captura a natureza ao redor

Por Reportagem visual e texto: Simone Raitzik
Atualizado em 9 set 2021, 13h11 - Publicado em 25 mar 2017, 10h41

A ligação afetiva com a região da serra fluminense, mais precisamente Itaipava, RJ, vinha de longa data. A família carioca, um jovem casal com filhos de 8 e 4 anos, costumava alugar diferentes propriedades por ali e desfrutar das férias na montanha com total descontração, entre amigos e parentes. Sempre que o verão e a farra terminavam, o assunto era um só: por que não erguer uma casa de campo nos arredores? “Vivia colecionando imagens de fachadas que eu achava interessantes. Tinha certeza de que um dia teríamos algo nosso”, conta a proprietária.

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A raia, revestida de pastilhas cerâmicas de 5 x 5 cm (padrão Verde Antilhas, da Jatobá), ocupa precisamente os 10,80 m entre os dois blocos. Repare no amplo beiral (1,30 m) que cerca os pavilhões e permite manter os vidros abertos mesmo quando chove. (Foto: Juliano Colodeti/MCA Estúdio)

Há exatos quatro anos, a oportunidade surgiu quando o casal visitou um terreno à venda num condomínio cercado por mata, de fácil acesso, às margens da BR-040. “Fechamos o negócio no maior entusiasmo”, lembra ela. O tempo passou, veio a crise econômica e, preocupados com os custos, eles até pensaram em se desfazer da terra, mas na hora H voltaram atrás. Foi aí que decidiram começar para valer o projeto.

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Pousada em um platô no alto do terreno, a casa tem vista desimpedida do vale. (Foto: Juliano Colodeti/MCA Estúdio)

O primeiro rascunho surgiu de forma intuitiva, traçando como seria o posicionamento da edificação. “Queríamos uma casa plana, por causa das crianças, e transparente para o entorno”, diz ela. Quando a dupla decidiu entregar o esboço para profissionais – os cariocas Ana Paula Hygino, Felipe Nunes (integrantes do Estúdio HNA) e Ricardo Gonçalves –, percebeu que havia um mundo de possibilidades a explorar.

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A porta de correr (2,80 x 3,10 m) de duas folhas dá passagem a um trecho panorâmico, porém reservado, do terreno. Como as salas e os demais quartos, o do casal também recebeu forro de ripas de tauari (6 cm). Manta e almofadas da Lutèce. (Foto: Juliano Colodeti/MCA Estúdio)

“Foi impressionante quantas ideias bacanas os arquitetos trouxeram: dividiram a casa em duas partes, colocaram a piscina no meio e propuseram materiais perfeitos para unir visual contemporâneo com revestimentos aconchegantes”, revela a proprietária. Ricardo, por sua vez, conta que o platô elevado o inspirou a conceber pavilhões de linhas retas, sem telhas aparentes, e integrados à paisagem. “A estrutura de aço permitiu criar vãos largos com paredes de vidro e pouquíssima alvenaria. 

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O trecho de lazer repete a linguagem do pavilhão principal, com estrutura metálica aparente

pintada na cor cinza-chumbo fosco e painéis de vidro (10 mm) ora de correr ora fixos (caso da enorme bandeira no alto). (Foto: Juliano Colodeti/MCA Estúdio)

Elementos mais quentes, como madeira de demolição, tijolos maciços e fibras naturais complementaram o conjunto”, diz ele. Para desenhar os interiores, pensar em marcenaria, tecidos e toda a decoração, foram convidadas as arquitetas Adriana Sadala e Maria Eduarda Gomide, velhas amigas do casal. “Montamos um time de craques”, elogia a dona.

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