Refúgio com estilo de fazenda aposta em materiais simples
Livres de qualquer ostentação, os proprietários imaginaram acolher família e amigos nesta casa ampla e térrea, em plena serra fluminense
Por Simone Raitzik
Atualizado em 9 set 2021, 12h55 - Publicado em 19 Maio 2017, 14h56
A configuração do terreno de 17 mil metros quadrados, praticamente plano, cercado por mata nativa e comum riacho sinuoso acompanhando seus limites, é considerada uma raridade na região montanhosa de Araras, na serra fluminense.
Com tanto espaço aberto e uma moldura verde assegurando total privacidade em relação aos vizinhos, a designer de interiores Lucilla Pessoa de Queiroz (com a arquiteta Luciana Rubim na concepção inicial) imaginou uma casa sem altos e baixos, com direito à varanda generosa e portas largas e transparentes, ideais para levar muita luz a um interior aconchegante.
Os proprietários, um paranaense e uma pernambucana, adoram receber de forma simples e relaxada os muitos amigos e a família, e faziam questão de que as raízes brasileiras que tanto prezam saíssem refletidas na estética da fachada e na escolha de materiais.
“Optamos por um jogo tradicional de águas, com telhas coloniais do tipo canal, piso cimentado feito na obra, paredes brancas… Também decidimos forrar os pilares externos com cumaru, para um toque quente e rústico”, conta Lucilla. “O estilo é típico de uma casa de fazenda, mas com detalhes bacanas e confortos da vida moderna”, resume.
Ela cuidou também de toda a decoração e fez nascer ali uma estante de peroba-do-campo maciça, lotada de livros e objetos, junto à parede da lareira. Pensando em fortalecer a integração com a área externa, todos os quartos ganharam portas para o gramado e alguns ficam voltados ao pavilhão de lazer – onde linhas retas e um certo ar contemporâneo asseguram discreto contraste.
Endereço de churrasqueira, forno de pizza, academia, sauna e piscina, o anexo convoca à circulação e ao desfrute da bela vista. “Há um caminho natural pelo terreno, pontuado com placas de granito. Tudo se comunica, resguardada a intimidade de todos, permitindo que as galinhas cisquem à vontade, por todos os lados”, arremata Lucilla.