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Casa em Paraty é atualizada sem perder a estética colonial

No centro histórico da cidade fluminense, uma morada foi adaptada ao século 21. Os charmosos detalhes da arquitetura antiga ganharam destaque

Por Por Marianne Wenzel (texto) | Projeto Renato Tavolaro
Atualizado em 9 set 2021, 13h35 - Publicado em 18 jan 2017, 15h33

Destino de muitas turistas, Paraty, no Rio de Janeiro, ainda preserva hábitos de épocas passadas, segundo os habitantes da cidade histórica. Claro: compromissos muitas vezes dependem das marés, carros não chegam ao centro histórico, e reformas… Bem, essas exigem conhecimento da legislação e da cultura local para irem adiante sem grandes dificuldades.

Foi por esse motivo que o casal de São Paulo encarregou o arquiteto Renato Tavolaro do imóvel recém-adquirido. “A gente frequentou muitas casas aqui antes de comprar uma. Sempre que eu gostava de um detalhe ou de uma solução e perguntava quem era o autor do projeto, o nome dele aparecia”, relembra a proprietária desta residência. 

O pórtico de madeira ficou visível com a retirada de uma parede. “Na configuração anterior, ele era um elemento estrutural. Hoje, não cumpre mais essa função, mas quisemos mantê-lo por sua beleza e história”, fala o arquiteto Renato Tavolaro. (Foto: Cacá Brake)

Atuante na região há cerca de 40 anos, o profissional entende todos os requisitos burocráticos para aprovar as intervenções, já que o casario é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). E tem plena consciência da responsabilidade de mexer nessas construções sem descaracterizá-las. 

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Como o lugar já havia passado por reforma antes, “levantei fotos antigas para entender melhor os materiais existentes”, conta Renato. A pesquisa encontrou sólidas paredes estruturais de pedra, reveladas após a remoção de reboco e tinta e depois restauradas. 

O piso de granito, agora em estado bruto, volta a aparecer no pátio, em direta comunicação com a sala (ao fundo) e a cozinha (à dir.). Houve também uma grande intervenção no telhado, que ganhou subcobertura e novas telhas de barro. A aparência envelhecida se explica: as peças capa (de cima) são de demolição. (Foto: Cacá Bratke)

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“Esse cuidado deve chegar até a fundação, onde tratamos de isolar a umidade. Mas a água sempre acaba subindo, por isso nunca impermeabilizo as paredes. Ela precisa conseguir sair”, explica. Daí a importância de uma boa ventilação cruzada, responsável por manter os ambientes arejados. E assim, a obra aconteceu em seu ritmo, ditado pelo vaivém das charretes contratadas para retirar o entulho.

A seguir, confira a galeria que mostra a residência. Gostou? Quer mais? Confira fotos exclusivas da renovação da casa aqui.  

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