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Casa de fim de semana é mirante para o cerrado

O terreno na Serra da Moeda, preciosa área de verde e de montanhas a pouco mais de uma hora de Belo Horizonte, foi explorado pela construção como um refúgio de calma e contemplação

Por Por Silvia Gomez (texto) | Projeto Vazio S/A
Atualizado em 9 set 2021, 13h56 - Publicado em 4 nov 2016, 17h30

Pensado em todos os seus espaços como um mirante, o refúgio de fim de semana de 142 m² num condomínio de sítios na Serra da Moeda, MG, enquadra a paisagem de árvores retorcidas, flores raras e montanhas a sua volta. “O projeto exalta este bioma pouco valorizado e ameaçado: o cerrado”, diz o arquiteto e autor Carlos M. Teixeira, do escritório mineiro Vazio S/A, que preferiu implantar a casa mais próxima da rua, junto da servidão, a fim de evitar muita movimentação de terra no lote.

Graças ao traçado recortado e vazado da estrutura de concreto, os ambientes com pé-direito alto e fechamento envidraçado em esquadrias metálicas deixam-se ocupar pela vista, que parece atravessar o térreo, com cozinha, sala de estar e um quarto. Um bloco lateral conduz ao terraço, onde piscina e solário esperam os moradores, um casal de jornalistas. “O que determina a forma da residência são as rampas e a escada da piscina suspensa, que desempenha também a função de belvedere e laje de cobertura, além de atuar no controle térmico do piso de baixo, resfriando-o passivamente.” Pilares de concreto sustentam o peso do tanque, cujo perfil foi assumido como parte do desenho final. “Tiramos partido escultural dessa inversão para definir o trecho social da casa e suas variações de altura.”

Ali, brises de madeira executados sob medida em portas pivotantes protegem as fachadas norte e oeste, filtrando o sol. “São faces quentes e teriam difícil uso sem eles. Ao mesmo tempo, não poderíamos abrir mão do vidro nelas, uma vez que ficam voltadas para o vale e as montanhas”, complementa Carlos. Afinal, era o cerrado o protagonista.

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