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Arte e paisagismo enchem esta casa

Linhas bem definidas e acabamentos neutros formaram a base perfeita para acomodar os quadros e objetos de um casal apaixonado por arte e por plantas

Por Por Amanda Sequin (texto) e Deborah Apsan (visual)
Atualizado em 9 set 2021, 14h01 - Publicado em 4 Maio 2016, 19h45

A casa de 428 m², no bairro do Alto de Pinheiros, em São Paulo, já estava praticamente pronta. Os arquitetos Rogério Shinagawa e Eliana Corsini haviam acabado de finalizar a alvenaria quando, em meados de 2014, um advogado e uma empresária, pais de uma menina, decidiram comprá-la. Na busca por uma residência que necessitasse de pouca ou nenhuma reforma, o casal encontrou no sobrado ainda sem acabamentos a solução perfeita – e combinou que a dupla concluiria o trabalho. “Ficamos encantados com o senso de proporção e a composição arquitetônica de linhas minimalistas, totalmente integrada ao jardim. Em todos os lugares você vê aberturas e desfruta de muita luz e verde até mesmo no subsolo”, revela a proprietária. Isso acontece porque, ao projetarem uma nova piscina para o fundo do terreno de 510 m², os arquitetos demoliram a piscina pré-existente, porém não a aterraram, decisão que definiu toda a planta composta de quatro níveis. 

Na época, Rogério e Eliana aproveitaram o quebra-quebra para montar ali embaixo uma sala de TV com bar e adega, cantinho onde hoje a família aproveita momentos sossegados – e que nem remotamente traz a sensação de aperto ou sufocamento. Pelo contrário: um frondoso jardim vertical, também proposto pela dupla, cobre toda a parede do corredor lateral, trazendo claridade e ventilação para o interior por meio das portas de correr de vidro. Potente, a vegetação ainda se esgueira até a área social, levemente elevada em relação à rua. “Não podíamos subir muito devido à legislação, então localizamos a sala de estar a meio nível. O bloco de trás ficou desencontrado do volume frontal, que acomoda o escritório e, para o patamar mais alto, reservamos os quartos”, sintetiza o profissional. 

Na etapa final da obra (dez meses), nada de alterações substanciais, apenas decisões sobre os acabamentos, escolhidos a dedo pelos moradores com o auxílio dos arquitetos. “Não mexemos nas paredes, personalizamos os espaços por meio de painéis e portas de correr”, comenta a moradora, satisfeita. Para ela, um dos trunfos do projeto é a paleta sutil. Madeiras claras no piso, pergolados e muito vidro, misturados a divisórias predominantemente brancas, compuseram um suporte discreto. As pinceladas de cor são exclusividade da coleção de telas do proprietário, aficcionado por arte e pelo verde que abraça a morada.

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