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Obra na ponta do lápis: reforma torna cobertura aconchegante

Capricho na marcenaria, tijolinhos do tipo inglês e canteiros com muitas plantas dão cara de jardim ao projeto

Por Gabriela Varanda
Atualizado em 9 set 2021, 12h49 - Publicado em 13 jun 2017, 17h22

A área de lazer (30 metros quadrados) deste apartamento no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, precisava ganhar roupa nova para se transformar no lugar ideal dos encontros da família.

Para tanto, o casal de proprietários desejava que o local tivesse um jardim frondoso com espécies de pouca manutenção. Eles também faziam questão de que a piscina permanecesse na mesma posição.

Antes: o desenho original da área externa foi mantido, mas elementos datados, como o revestimento em canjiquinha, foram substituídos por soluções atuais. (Divulgação/Divulgação)

“Convencemos os clientes a abrir mão da sauna, de pouco uso, para a implantação de uma jardineira com o principal destaque do ambiente, uma jabuticabeira”, explica a arquiteta Gabriela Setta, da Landscape, empresa responsável pela obra.

Com mudanças pontuais, o projeto conseguiu imprimir um equilíbrio entre o moderno e o rústico à cobertura. O mobiliário externo, desenhado sob medida, permitiu um melhor aproveitamento do espaço. A troca do piso de pedra são tomé, com trechos mofados, por porcelanato antiderrapante e resistente à umidade ainda garantiu a praticidade.

Depois da reforma. (Divulgação/MCA Estúdio)

1. Na divisória lateral, o painel fixado na alvenaria serve de suporte à trepadeira tumbérgia-azul, que dá bela floração mesmo com pouca água (irrigação automática da Landscape). As ripas horizontais de cumaru foram presas em barrotes verticais para evitar que empenassem com a exposição às intempéries. O custo dessa parede verde: R$ 8 560.

2. Bancos e deck abrigam jardineiras. Toda essa marcenaria utiliza cumaru em réguas de 2 x 5 cm tratadas com stain incolor fosco (Hibritec). “Como a piscina não podia ser alterada a pedido dos clientes, criamos uma solução visualmente mais limpa”, explica Gabriela Setta. Um dos bancos possui dobradiças e serve como baú. Preço final com serviço: R$ 14 600.

3. Um espelho próprio para áreas externas (Arte Maior Serralheria) foi instalado na parede da casa de máquinas do elevador, medida que parece multiplicar o espaço e valoriza a jabuticabeira à frente. Composta de dois vidros temperados de 8 mm cada um com uma película espelhada entre eles, a chapa recebeu uma cantoneira como moldura e foi presa na alvenaria. Não oxida com a umidade e seu tom bronze evita reflexos excessivos do sol. Materiais e execução: R$ 3 973.

4. O revestimento de microcimento (Fullcover) recobriu os filetes de pedra são tomé da fachada antiga, uniformizando irregularidades. Essa solução funciona em harmonia com materiais rústicos, como o tijolinho (Palimanan) – aqui, sem juntas de dilatação, para um aspecto mais uniforme e agilidade de limpeza. A aplicação da mistura cimentícia, incluindo mão de obra, ficou em R$ 9 045.

Refeições à sombra

Tijolinhos, granito e laminado compõem o mix de materiais na cozinha ao ar livre. (Divulgação/MCA Estúdio)

Uma pequena área gourmet, protegida por um pergolado de alumínio (a pintura imita o aço corten) com vidro temperado e laminado (10 mm) e forro de bambuzinho, foi pensada para dar conforto aos almoços da família.

O revestimento do tipo tijolinho inglês enfeita as divisórias, enquanto a bancada recebeu granito preto absoluto, flameado e escovado – material elegante e resistente para o dia a dia.

Na mesma toada, o armário sob o tampo foi feito de compensado naval, revestido de laminado melamínico preto fosco. A churrasqueira móvel dispensa dutos de exaustão.

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