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Refúgio na serra é cercado de mata

Posicionado em uma clareira já existente no terreno e rodeado de pedras e vegetação, este gazebo de lazer em Teresópolis, RJ, foi construído de forma rústica com materiais simples como madeira, cimento e vidro

Por Por Simone Raitzik | Projeto: in/ex arquitetura
Atualizado em 9 set 2021, 13h59 - Publicado em 17 jun 2016, 21h50

Próximo às bordas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis, RJ, este condomínio no alto de uma montanha repousa imerso na vegetação nativa, instalado entre rios de águas cristalinas. Foi aqui, no meio de trepadeiras jasmim, pés de frutas cítricas e mangueiras centenárias, que o produtor Augusto Casé e a empresária Daniela Vignoli encontraram a casa dos sonhos para fugir do turbilhão da cidade grande e desfrutar dos fins de semana entre os amigos e a família. “É um lugar especial – perto e, ao mesmo tempo, longe de tudo, perfeito para sair da rotina e fazer uma imersão completa na natureza”, reflete Daniela.

Após comprar a propriedade, há dois anos, sentiram falta de uma área de lazer com jogos e direito a uma cozinha voltada para a paisagem. “A casa em si era bacana e já estava pronta, só realizamos ajustes, trocando alguns revestimentos. Mas faltava um ponto de encontro atraente do lado de fora, em meio à mata, algo confortável e convidativo sem perder de vista o toque rústico”, conta Daniela, uma apaixonada por decoração. Amadurecendo a ideia aos poucos, o casal pesquisou a melhor localização, o estilo de construção e convocou a arquiteta Renata Bartolomeu, do escritório carioca in/ex arquitetura, para avaliar as possibilidades do entorno. O desafio era um só: erguer um espaço amplo e aberto, com estrutura totalmente integrada ao verde. E tudo isso sem cortar árvores. “Escolhemos posicionar o gazebo em uma clareira já existente, onde havia uma casinha de boneca feita pelo antigo proprietário, colocada abaixo. Percebemos que seria importante desenhar uma base suspensa, pois, quando chove, um forte volume de água desce pelo terreno”, explica Renata.

Já definir o partido estético foi simples: para Daniela e Augusto, quanto mais rústico, melhor. “Resolvemos deixar pilares e caibros de eucalipto aparentes, com forros de madeira e fibra natural no teto, além do deck de pínus tratado quimicamente em autoclave. O cimento pigmentado em tom terroso cobre a alvenaria, complementada por painéis de vidro. Com as varandas generosas cercando o corpo principal, a sensação é de estar, literalmente, em uma morada suspensa na árvore”, reflete Renata. A arquiteta optou ainda por dividir a planta em duas porções bem definidas: um terraço de estar com fornos de pizza e à lenha; e o salão de jogos e suas mesas de bilhar e de pingue-pongue, no interior. “Agora esse local é dos mais disputados. O dia começa e termina aqui”, resume Daniela.

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